Numa
cerimônia que reuniu os quatro antecessores vivos, a presidente Dilma
Rousseff instalou a Comissão da Verdade e afirmou que o esclarecimento
dos crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985) não pode
comportar revanchismo, mas nem tampouco perdão. "A palavra verdade [...]
é algo tão surpreendentemente forte que não abriga nem o ressentimento,
nem o ódio, nem tampouco o perdão", afirmou em discurso.
Ex-guerrilheira
comunista, presa e torturada pelo regime, ela chorou ao se referir aos
parentes dos mortos e desaparecidos no período. "Merecem a verdade
factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo
como se eles morressem de novo e sempre a cada dia", disse, interrompida
por aplausos. "É como se disséssemos que, se existem filhos sem pai, se
existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca
mesmo pode existir uma história sem voz". (Folha de S.Paulo)
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quinta-feira, 17 de maio de 2012
Dilma: nem revanchismo nem perdão para a ditadura
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